Entra ano, passa ano
e o eleitoreiro volta a bater em nossa porta em busca de semear o nosso voto.
Vivemos inseridos numa sociedade que por muitas esquece o verdadeiro
significado de liderança.
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Fachada do prédio anexo a Escola José Correia Pinto (atualmente E.E.F Felipe José da Silva) Foto: Jonys Castro |
É
vergonhoso a praia da Caponga, distrito que pertence ao município de Cascavel,
viver num retrocesso que apenas ganha impulso ao passar dos anos. Não podemos só
incriminar as “autoridades competentes” porque parte dos moradores desta terra possuem
as suas responsabilidades. A localidade avança à estaca zero; sem representação
política, sem cultura, sem progresso econômico e, principalmente, sem história
para destacar quem somos. Não podemos segurar as frases: “a crise está em todo
o país”, “acontece em todo lugar”, “se fosse só aqui o Brasil estava eleito”.
Quem disse que Caponga tem liderança política? Quem disse que a Caponga tem uma
família tradicional que é o modelo instituído para os nativos seguirem? Tudo
conversa fora; trazendo para a atualidade pode-se considerar uma propaganda
enganosa. Que declínio vivemos aqui! Se aproxima o ano político, sejam para
governo municipal ou federal, os nossos “grandes empreendedores” saem de cara
lavada por Caponga a fora fazendo a linha Lady Di; tudo em virtude do próprio
bolso. Quem é rico por aqui? “Rico não é aquele que mais tem e sim aquele que
menos precisa”.
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Antiga fachada da Associação de Moradores de Caponga e Creche Vovó Ricardina (Foto: Google/ Reprodução) |
A
cegueira toma conta de grande parte das pessoas que vivem aqui. Muitas vezes
não exercem o seu direito de cidadão porque não querem se expor, por outro lado
está o “rabo preso” ou simplesmente pelo pensar pequeno favorecendo apenas o
ego. Quem lembra da Creche Vovó Ricardina
situada no prédio anexo a Associação Pró-Desenvolvimento de Caponga? E a estrutura física da Creche Luiz Guimarães?
Como está o anexo da Escola José Correia Pinto?
Ninguém vê, ninguém responde e isso acaba virando um assunto igual a ventania
de ontem. Os Caponguenses precisam tomar nota que ESSES IMÓVEIS PERTENCEM A COMUNIDADE. Os destacados a cima são prédios
que não pertencem nem a fulano e piorou ao cicrano – uma herança da nossa
Caponga. Será que realmente é necessário alugar imóveis de terceiros para o
funcionamento de entidades públicas? Claro que não! Tudo jogo de acertos e
combinações políticas. A verba gasta anualmente para locação desses imóveis, bem
poderia ser aplicada em obras de reformas para a revitalização dos que já
existem e que são conquistas dos nossos antepassados. Outra peça negativa que
passa por aqui, é a desunião dos mais favorecidos, pois unidos poderiam nascer
militâncias para buscar o melhor para a nossa localidade. O pensar pequeno
faz-se esconder o pensamento: “se há turismo há renda, se tem interesses no bem
comum da Caponga com certeza haverão serviços qualificados para o maior tráfego
de visitantes e com certeza apareceram empregos”. Caponga continua vivendo do
voto a cabresto com esse “falso coronelismo”. Incomodo-me bastante notar os
meus conterrâneos desacreditados! Cadê a nossa referência turística? Cadê os
nossos grandes hotéis? Os maiores fecharam as portas faz tempo ficando apenas
na história. Até mesmo uma feira comunitária, onde o principal objetivo é
implantar a cultura tradicional, aqui não sai do papel. Precisamos de união,
pessoas que acreditam num futuro melhor aqui nesta praia tão bonita, indivíduos
com ação com interesse que causar reações. Comentários incrédulos e negativos?
Obrigado! Já temos a nossa atual realidade.
Criou-se
na internet um grupo que está totalmente empolgado com as oportunidades que o nosso
distrito tem a oferecer. Se tudo der certo, continuando no mesmo rumo no que
está, terei o prazer de anunciar novidades. Digo mais uma vez: não podemos
apenas incriminar as “autoridades competentes” a gente pode contribuir podendo fazer
a nossa parte porque quem ama cuida e a Caponga precisa deste cuidado.
Parabéns jonys pelo seu belo trabalho. Infelizmente vivemos numa "sociedade" alienada que não procura se quer lê uma reportagem como a sua, tão simples, mais com tanto valor. É triste mais a realidade é que o "povo" só está se atualizando nas vidas alheias através de redes sociais como "face" ou fofocando num zap zap da vida. Fale mesmo doa a quem doe. Mais uma vez parabéns.
ResponderExcluirDe :